Debaran Dua Puluh

Baskara datang diluar dugaan, Embunnya satu-persatu mulai berbaris mengecup punggung dedaunan, Ssst! Jangkrik masih asik main di taman, lima tiga puluh pun masih dijalan Pelan-pelan dengan sopan…

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O meu nunca foi maior.

Tá vendo o tamanho desse campão? Dessas árvores? A gente é minúsculo, parça.

Tem um bom tempo já que eu quero escrever sobre algo até meio específico: a necessidade que as pessoas tem de se mostrarem, de agirem, de se sentirem superiores a outras pessoas.

Parece que não importa muito posição social, financeira, o que se faz da vida, a gente tem — e sim, eu incluso, pq na maioria do tempo eu sou uma pessoa — uma certa necessidade, pra não dizer que é um desespero em se sentir maior ou melhor ou superior, em qualquer maneira, a outras pessoas.

Nunca li sobre isso, na real. É mais uma daquelas divagações que a gente faz só por fazer e vai tentando construir um raciocínio, uma ideia, em cima disso.

Mas já vi inúmeros casos e em alguns, já protagonizei também. É mais do que óbvio que eu não só não me orgulho disso como, quando percebo, fico com vergonha. Não é papo de “oh, vida! oh, céus! oh, azar”. Eu fico com vergonha mesmo, pensando — e muito — em tudo que escrevo, e leio, e aprendo, e na quantia de responsabilidades que eu tenho e também em quanto eu sou só mais um.

Acho que é importante que se diga que muitas vezes a gente faz esse tipo de coisa por impulso. Mas há também as vezes em que é consciente. E aqui talvez já transpareça uma resposta pra muitas perguntas que virão a seguir, e que são as perguntas que eu me faço quando eu caio nesse tipo de coisa.

Acho que fazer uma coisa assim (de se sentir superior a outras pessoas) — e compreender o quanto isso é errado — não é nem um tapa no ego. É um tiro. É algo que me destroi, por pelo menos alguns dias. E eu vou ficar lá, pesando e pensando e tentando entender por que diabos tive esse impulso? Se foi impulso, porque eu deixei ele tomar conta? Se não foi impulso, como diabos eu me permiti fazer algo assim?Se foi consciente, como é que ainda não parei com isso?

Não sei se consigo exemplificar esse tipo de coisa, mas é fácil imaginar — eu acho — aquele cara que não pode ouvir uma história emocionante, que vai aparecer com uma ainda mais. Aquele cara que não pode ouvir alguém falando sobre força, que vai vir contar que levantou uma F-250 pelo motor uma vez. Aquele cara que não pode ver alguém falando sobre um filme, que vai ter que vir citar um filme B do leste europeu, falando dos atores e diretores como se fossem seus amigos.

Já apareceu alguma imagem na sua cabeça né? Já lembrou de alguém? Eu lembrei de várias pessoas — especialmente eu mesmo. Talvez lembrar só de outras pessoas fosse uma forma de se sentir superior também. Tipo uma coisa reversa. “Eu sou melhor que os caras pq eu não me sinto melhor que os outros caras”.

Não parece fazer sentido.

Mas já falei uma — ou talvez várias — vezes. A gente tá em construção. A gente tá edificando a si mesmo o tempo todo. Resta saber se a gente tá aprendendo com os tijolos que assentamos mal, se a gente tá percebendo algum acabamento malfeito, se a gente tá entendendo o que tá dando certo e o que não, todo esse tipo de coisa.

“Ah, agora vai dizer que todo mundo é igual e começar com essas utopias e mimimi aí”. Não. Claro que não. É certo que tem gente que é melhor que os outros. Eu conheço um monte de gente que é muito mais inteligente que eu, que é muito mais forte que eu, que é muito mais simpático, ou tem mais concentração, são mais dedicados ou mais talentosos. Sempre vai ter gente melhor. Mas tem gente melhor que essa galera que é melhor também.

É uma parada normal.

A parte complicada, me parece, é o cara se sentir mais. Acho que é isso que transforma alguém que teria muito a contribuir em alguém que só quer se sentir mais importante, não importando como vai fazer pra chegar lá.

É mais ou menos o que eu imaginava quando postei sobre a cegueira que a egolatria nos traz. Quando a gente se entrega pra esses impulsos, pra essa necessidade de ser maior, a gente vai querer estar sempre sendo maior ou melhor, ou mais forte, ou mais inteligente, a gente vai o tempo todo estar querendo ser mais.

Se a gente não puder ser mais que o próximo, aí não se trata mais de nós, então vamos precisar diminuir os outros. E aí, aí se vai o boi com as cordas. Honestamente eu acredito que se alguém precisa diminuir outra pessoa, fazer com que ela se sinta menos pra poder se sentir bem, aí mano, resta pouca coisa de verdadeiramente humano nessa pessoa.

Parando pra pensar com um pouco de calma, quanta escravidão foi construída em cima de se imaginar maior do que outras pessoas? Quanto preconceito ainda é construído em cima disso? Dá pra ir muito mais longe:

Quantos — se pudessem — não escravizariam e usariam outras pessoas a seu bel prazer, por se imaginarem maiores, melhores?

Parece pesado né? Porque é. Talvez nem fosse minha intenção quando comecei a escrever esse texto, mas essa ideia já tá passando na minha cabeça há dias. Sobre como os preconceitos e muitos tipos de violência nascem justamente por pessoas (ou grupos de pessoas, vale dizer) que acreditam que são melhores e por isso, tem mais direitos que outros.

A gente é — na média — bem parecidos. Alguns tem aptidão pra matemática, outros pras letras, outros pra atividade física, outros pra coisas visuais. Mas na média, acho que todo mundo é bem parecido. E aí eu fico me perguntando: o cara que tá ali vociferando sobre quanto ele é mais forte, ele percebe que muitas vezes ele não é mais inteligente? O cara que tá ali se gabando por ter lido milhões de coisas e saber tudo sobre tudo, ele percebe que tem a mesma capacidade emocional de uma parede?

A gente tem que ter essa consciência. Não importa, vai ter alguém melhor que a gente. Em um ou outro aspecto. Em uma ou outra área da vida a gente vai ser medíocre. Em uma ou outra área da vida a gente vai ser horrível. Em uma ou outra área da vida a gente vai ser bom.

Não quero terminar jogando esse texto no vento, simplesmente. Acho que é válido propor alguma coisa aqui. E, mais uma vez, é importante que eu diga que essas são minhas reflexões e portanto eu estou julgando muito mais a mim mesmo do que qualquer outra pessoa. Acho que vou propor uma ideia, simples mas uma ideia:

Se você é bom em alguma coisa, tente compartilhar isso com alguém. Se for alguém que precisa muito do conhecimento ou da aptidão que você tem, melhor ainda! Mas se for alguém que simplesmente queira aprender algo, também vai ser lindo.

Em seguida, se a gente conseguir transmitir adiante essa ideia, você consegue imaginar quantas pessoas a gente vai poder alcançar? Às favas com a modéstia, imaginem quantas vidas podem ser transformadas dessa maneira? Ousadia? É sim. Mas vai que…

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